Falta de ar, cansaço, tosse crônica com pigarro. Esses são os principais sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), condição respiratória progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a DPOC é a terceira principal causa de morte no mundo, por causa do diagnóstico tardio da doença, que pode não manifestar sintomas até os graus mais avançados.
No Brasil, estima-se que cerca de 7 milhões de pessoas são afetadas pela doença, resultando em aproximadamente 40 mil mortes por ano.
Desse modo, para obter um diagnóstico precoce ou evitar a doença a partir da mudança de hábitos, abaixo preparamos um conteúdo completo sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Boa leitura!
O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica?
O termo DPOC é abrangente e inclui doenças como enfisema e bronquite crônica, por exemplo. Além disso, a doença caracteriza-se pela limitação persistente do fluxo de ar nos pulmões, resultante de uma resposta inflamatória crônica a partículas ou gases nocivos.
Nesse sentido, os sintomas comuns incluem falta de ar, tosse crônica e produção de escarro, como falamos acima. E, diante dos números alarmantes, é urgente a necessidade urgente de maior conscientização e diagnóstico precoce.
O médico Dr. Sérgio Pontes Prado, pneumologista, ressalta que apesar de não ter cura, a enfermidade pode ser evitada e até mesmo tratada para que os sintomas sejam amenizados e o paciente tenha melhor qualidade de vida.
O especialista também faz um alerta quanto aos riscos da subnotificação da doença no mundo. “Existem estudos que mostram que a subnotificação da DPOC pode chegar a 85 por cento. Por isso, uma anamnese bem feita, acompanhada de um relatório minucioso do histórico do paciente, é determinante no diagnóstico precoce”, comenta.
Quais as principais causas da DPOC?
São elas:
- Tabagismo: é a principal causa, responsável por cerca de 85-90% dos casos. O fumo prejudica os pulmões e as vias aéreas, levando à inflamação crônica e obstrução.
- Exposição a poluentes: A exposição prolongada a poluentes ambientais e ocupacionais, como fumaça de carvão, poeira e produtos químicos, também aumenta o risco de desenvolver DPOC.
- Genética: fatores genéticos, como a deficiência de alfa-1 antitripsina, podem predispor algumas pessoas a desenvolver DPOC, mesmo na ausência de tabagismo ou exposição a poluentes.
- Infecções Respiratórias: infecções respiratórias frequentes durante a infância podem contribuir para o desenvolvimento da doença na vida adulta.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico precoce da DPOC é essencial para o manejo eficaz da doença. Assim, a melhor forma é o exame clínico acompanhado da espirometria, um teste simples que mede a função pulmonar e ajuda a confirmar a obstrução do fluxo de ar característico da DPOC.
Lembrando que, a espirometria é um teste fundamental para a identificação da DPOC. Especialmente em indivíduos com histórico de tabagismo ou exposição a outros fatores de risco, sobretudo os abaixo de 40 anos, quando os sintomas ainda são discretos.
Tratamento
Embora a DPOC não tenha cura, existem várias opções de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Desse modo, as opções de tratamento incluem:
- Cessação do tabagismo: a intervenção mais eficaz para retardar a progressão da DPOC.
- Medicações: broncodilatadores, corticosteroides inalatórios e outras medicações ajudam a aliviar os sintomas e prevenir exacerbações.
- Reabilitação Pulmonar: programas de exercício físico e educação para pacientes com DPOC.
- Oxigenoterapia: para pacientes com hipoxemia grave.
Importância da Conscientização da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
A conscientização sobre a DPOC é crucial para o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Desse modo, campanhas educativas podem ajudar a alertar a população sobre os sinais e sintomas da doença e incentivar aqueles em risco a procurarem avaliação médica.
Nesse sentido, é imprescindível fazer exames periódicos todo o ano e procurar um médico quando há o aparecimento dos sintomas.
Portanto, a única forma de combater a doença é o diagnóstico precoce que só é efetivo com o cuidado diário com a saúde. Já que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pode não manifestar os sintomas no início da doença.
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